Game Huni Kuĩ é desenvolvido por indígenas no Acre

Blahcultural, por Wilson Spiler

O projeto de videogame “Huni Kuin: os caminhos da jiboia” está sendo desenvolvido por indígenas e não indígenas, e foi um dos 104 selecionados no Programa Rumos 2013/2014 do Itaú Cultural.

Oficinas foram realizadas na Comunidade Huni Kuin. O protótipo do jogo foi divulgado no canal Beya Xinã Bena do Vimeo e apresentado no programa “Caminhos da Reportagem” da TV Brasil, chamado “O Sonho do Pajé”, que foi ao ar no dia 09/07. O coordenador do projeto Guilherme Meneses, fez um comentário em sua rede social.

“Meus queridos irmãos, é com muita alegria que venho apresentar em primeira mão o projeto que venho coordenando há mais de três anos junto ao povo Huni Kuin do Rio Jordão e uma linda equipe de antropólogos, programadores e artistas. Huni Kuin: Yube Baitana (os caminhos da jiboia) é um videogame que conta cinco antigas histórias do povo Huni Kuin, onde podemos aprender sobre seu modo de vida, cultura e espiritualidade. Para a composição do jogo foram desenvolvidas duas oficinas em terra indígena, onde os próprios Huni Kuin registraram suas histórias, desenhos e cantos. Neste projeto também foi criado um fundo para a instalação de energia solar e a implementação de pequenos pontos de cultura indígenas nas aldeias do Rio Jordão, buscando a melhoria das condições de vida e a capacitação dos jovens no manuseio de tecnologias digitais. A primeira versão do jogo será demonstrada no final de agosto em exposição organizada pelo Instituto Itaú Cultural, apoiador deste projeto, o qual também contou com a colaboração do Instituto de Estudos Brasileiros e o consentimento das comunidades indígenas envolvidas, conforme regulamentação da FUNAI. Em breve publicaremos um vídeo de gameplay, mostrando a “cara” do jogo. Quando concluído, Huni Kuin: Yube Baitana será distribuído gratuitamente via internet. Seus direitos autorais estão reservados à equipe de desenvolvedores e ao coletivo Beya Xinã Bena (Cultura Novo Tempo), formado pelos realizadores indígenas. Agradeço a todos que estão colaborando conosco e peço aos que puderem, que nos ajudem a espalhar esta semente mundo afora.”, comentou Guilherme Meneses.

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